Os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) receberam a visita de Daiane dos Santos. Campeã do mundo no solo em 2003 e com três olimpíadas na carreira, a ex-atleta de 38 anos falou, nesta sexta-feira (15) em Brasília, sobre o atual trabalho de influenciadora esportiva.
“É importante a representatividade feminina, e um dos meus atuais trabalhos é também ser gestora e mostrar que podemos atuar em todos os lugares. Às vezes, ficamos dentro do ambiente esportivo, focados em troféus e competições, e não vemos além”, declarou.
Atualmente, a ginástica artística não faz parte do JUBS, por conta da pouca demanda de estudantes pela modalidade e pelo fato de a maior parte dos ginastas serem muitos novos. Alguns começam a competir com sete anos, e ainda fora da idade habitual para o ambiente acadêmico. Entretanto, Daiane esteve nas Universíadas, que hoje são chamadas de Jogos Mundiais Universitários, nas edições de 2001 (China) e de 2006 (Turquia).
“Na minha segunda participação, notei que tinha aumentado essa necessidade de conciliar o alto rendimento com a vida estudantil. É preciso estudar, pois o esporte vai passar”, afirma Daiane, formada em Educação Física, ainda se emocionando ao falar das medalhas de ouro e prata de Rebeca Andrade na Olimpíada de Tóquio.
“Vivemos o auge da ginástica feminina e agora é preciso manter. Numa competição em que se falou tanto de diversidade e representatividade, temos uma menina negra como campeã olímpica. É algo muito forte para nós em razão da história do Brasil. Tomara que esse feito dure para sempre, as pessoas se lembrem e estimulem mais meninas a não desistirem dos sonhos”, concluiu.
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