Psicóloga revela como a mudança do papel da mulher na sociedade influencia em seus relacionamentos afetivos.
Há certo tempo atrás, a mulher era vista somente como progenitora, tinha que ficar em casa cuidando dos filhos enquanto o marido trabalhava para garantir o sustento da família. Com o passar do tempo isso mudou e ela se tornou independente e foi em busca da sua liberdade financeira. Logo, a maneira de se relacionar com o parceiro(a) também não é mais a mesma.
Para a psicóloga Telma Oliveira, especialista em terapia sistêmica e neuropsicóloga, a mulher moderna prefere ter relacionamentos cada vez mais livres, já que possui as suas próprias prioridades e nem sempre a parte afetiva é uma delas. “Um relacionamento sério exige entrega e comprometimento, o que leva tempo. Nesse contexto, algumas delas preferem ter uma relação casual com alguém que se encaixe de acordo com a sua rotina e não exija atenção o tempo todo”.
Ainda de acordo com Telma, a mulher atual prioriza a carreira, viagens, estudos até fora do país, ter tempo de se cuidar e de estar com os amigos, além de outras atividades que nem sempre engloba um parceiro(a). “O companheiro(a) que não entender isso, dificilmente conseguirá construir uma relação duradoura, atualmente. O espaço de cada um na relação é cada vez mais importante para os novos casais”, ressaltou.
Filhos fora dos planos!
Além disso, ter filhos está cada vez menos nos planos delas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos 10 anos, diminuiu em 16,1% o número de crianças nascidas de mulheres com menos de 30 anos. Em contrapartida, aumentou em 36% o número dos nascimentos para mães entre os 30 e os 44 anos. Na faixa etária acima de 45 anos, diminuiu em 14,9%.
Para a psicóloga, elas estão adiando cada vez mais a questão da maternidade e essa função não é mais um sonho para todas as mulheres. “Muitas delas querem um relacionamento, mas sem o plano de ter filhos. Hoje, elas preferem manter as suas individualidades e ter condições de realizar os seus desejos e outros sonhos, que até pouco tempo elas não podiam considerar devido à obrigação com a maternidade”, declara Telma.
Fonte: Telma Oliveira é psicóloga e especialista em gestão de pessoas, psicologia médica, neuropsicologia, terapia sistêmica e TDAH (@telmaoliveirapsicologa).
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