Bordado_Isadora Falcão.
O espaço também promove uma Roda de Memória sobre herança de família
Até o dia 8 de novembro, o Museu de Quilombos e Favelas Urbanos, no Aglomerado Santa Lúcia, recebe inscrições para a oficina gratuita “Bordado Livre e Memória Visual”, que ocorre nos dias 12 e 19 de novembro. Além disso, no dia 12/11 também acontece a roda de memória “Herança de família: bonecas, fuso de tear e máquina de costura”. As ações fazem parte do Circuito Anual Muquifu, que promove atividades todos os meses até 2023.
A oficina “Bordado Livre e Memória Visual”, será ministrada pela artista visual, Isadora Falcão, e não tem nenhum pré-requisito. Durante os dois dias, os participantes terão contato com o universo do bordado e todas as possibilidades que ele oferece em termos de linguagem. A proposta é que cada um busque uma memória visual para ser o ponto de partida na criação de uma peça, que irá materializar uma história pessoal. “O bordado livre se destaca há um tempo como uma técnica reinventada e com múltiplas possibilidades de execução e criação associadas aos mais diversos temas e, por isso, enxergamos seu potencial criativo junto a ideia de memória visual”, comenta Isadora.
Dentro da linha de memória, acontece a roda “Herança de família: bonecas, fuso de tear e máquina de costura”, com Maria de Lourdes Barreiros Lima e Pris Campelo. Não é necessário inscrição prévia.
Essas atividades fazem parte do Circuito Anual Muquifu, que segue com outras programações até abril de 2023. O Museu, e espaços parceiros, recebem diversas atividades formativas de diferentes temáticas. Toda programação é gratuita, e cada mês será destinado a uma área de conhecimento. Todas as atividades resultam em uma exposição de curta duração no mês subsequente.
O projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.
SERVIÇO
Oficina: Bordado Livre e Memória Visual
Data: 12 e 19 de novembro
Horário: 9h às 17h (com intervalo)
Público: acima de 14 anos
Inscrições: pelo formulário online https://bit.ly/3DBI2Oz / ou na sede do Muquifu, às terças-feiras, das 13h às 17h
Local: Muquifu (Rua Santo Antônio do Monte, 708, Vila Estrela/Santo Antônio)
Gratuito
Roda de Memória
Data: 12 de novembro
Horário: 14h
Local: Muquifu (Rua Santo Antônio do Monte, 708, Vila Estrela/Santo Antônio)
Gratuito
Isadora Falcão
Natural de Belo Horizonte. Artista visual de formação livre. Costureira desde muito tempo, ofício de família, bordadeira desde 2014. Pesquisadora de técnicas têxteis. Arte educadora e oficineira na área de têxteis desde 2017.
Pris Campelo
Prete, favelade, vinde do Morro do Papagaio e não binarie. É integrante do Cine Beco, um grupo voltado para o audiovisual. Formade em fotografia pela Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia de BH, trabalhou como assistente do Estúdio de Música de tal e conheceu a Fundação de Educação Artística, onde estudou música por três anos e meio. Atualmente é operadore de som direto, atuante na Produtora Renca Produções, e trilha seu caminho no mundo no som trocando e aprendendo com o universo sonoro.
Maria de Lourdes Barreiros Lima
Moradora do Morro do Papagaio desde 1996. Viúva e mãe de duas filhas, Lourdinha já trabalhou como doméstica, babá, cozinheira, lavadeira e cuidadora de idosos. É Muquifeira desde o início, e hoje integra o coletivo Muquifu atuando coletivamente para gestão e manutenção do museu.
Sobre o Muquifu
O Muquifu – Museus dos Quilombos e Favelas Urbanos tem como vocação garantir o reconhecimento e a salvaguarda das memórias das vilas do Morro do Papagaio: lugar não apenas de sofrimento e de privações, mas, também, de memória coletiva digna de ser cuidada. A instituição, fundada em 20/11/2012, reúne como acervo fotografias, objetos, imagens de festas, danças, celebrações, tradições e histórias que representam a tradição e a vida cultural dos moradores das diversas favelas e quilombos urbanos de Belo Horizonte e Minas Gerais.
Nestes 10 anos de existência o Muquifu se tornou palco de lançamentos de livros, exibições de filmes, seminários, exposições nacionais e internacionais. Desde 2018, passou a integrar o Circuito de Museus – Território Negro – da Prefeitura de Belo Horizonte, sendo visitado por dezenas de escolas. Também são recorrentes projetos junto a cursos universitários, trazendo ao museu alunos da PUC Minas, UEMG, UFMG, UNI BH entre outras. A instituição já participou de palestras e mostras na Colômbia, Itália, França e Alemanha.