As vacinas contra a covid-19, desenvolvidas por laboratórios e universidades, estão mudando o rumo da pandemia no mundo. Mas a importância da vacinação vai além do momento atual. O Caminhos da Reportagem desta semana trata da história da vacina, de como ela ajudou a deixar doenças no passado e a mudar as perspectivas para o futuro.

A brasileira Ariane Ferrari e o mexicano Ramon Cabrer moram em Botucatu (SP), cidade escolhida para o estudo sobre a efetividade da vacina AstraZeneca, produzida pelo laboratório AstraZeneca, pela Universidade de Oxford e Fundação Oswaldo Cruz.

O estudo, feito pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), em parceria com o Ministério da Saúde e a prefeitura de Botucatu, ainda está em andamento e tem como objetivo avaliar o funcionamento da vacina no mundo real.

Caminhos da Reportagem | Vacina: dose de esperança
Caminhos da Reportagem | Vacina: dose de esperança

A brasileira Ariane Ferrari e o mexicano Ramon Cabrer moram em Botucatu (SP), cidade escolhida para o estudo sobre a efetividade da vacina AstraZeneca. – TV Brasil

Ariane e Ramon aguardaram ansiosamente o dia de se vacinarem e contam que a relação da filha com as vacinas mudou já que ela acompanhou toda a expectativa pela vacina contra a covid-19. A menina criou todo um imaginário sobre as vacinas, que, para ela, têm “super poder”, segundo Ariane.

Vamos explicar porque não faz sentido escolher qual vacina tomar e porque o desenvolvimento delas foi tão rápido. A médica epidemiologista Denise Garret, vice-presidente do Instituto de Vacinas Sabin, explica que essa agilidade ocorreu por alguns fatores como: interesse dos laboratórios, investimento em pesquisa, esforço e trabalho dos cientistas, celeridade das agências reguladoras.

No Brasil, o Plano Nacional de Imunização (PNI) foi criado a partir da experiência exitosa da vacinação contra varíola. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, o PNI é responsável pela distribuição de cerca de 300 milhões de doses de vacinas a cada ano.

“Os produtos que o Ministério da Saúde ratifica, certifica, distribui e aplica são produtos que o Ministério da Saúde tem segurança com relação à qualidade, à eficácia e à efetividade desses produtos. Nesse sentido, as nossas vacinas são seguras”, afirmou o secretário.

O PNI ajudou a popularizar o hábito da vacinação no país. Mas, nos últimos anos, a cobertura vacinal tem caído. A pesquisadora do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) Leticia Nunes explica que todas as vacinas apresentaram quedas significativas na sua cobertura entre 2015 e 2019.

“O contexto de queda foi consideravelmente exacerbado no Brasil e no mundo em 2020, por conta da pandemia de covid-19”, afirmou. Para ela, é importante que as experiências de epidemias passadas e atuais não sejam esquecidas, para evitar que doenças que podem ser controladas e erradicadas ressurjam.

O programa Caminhos da Reportagem vai ao ar hoje (3), às 20h, na TV Brasil

A íntegra do programa fica disponível na internet. Clique aqui para saber como sintonizar a TV Brasil.

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