Nuk – Foto Gustavo Andrade 1.

O bate papo acontece nesta quinta-feira, dia 02 de fevereiro, e tem entrada gratuita

O que entendemos sobre o que é útil e o que é inútil? Como essa pergunta pode dizer mais sobre nós do que imaginamos? São sobre esses e outros questionamentos que o artista mineiro, Francisco Nuk, se debruça na palestra “Inútil, eu?”, que acontece nesta quinta-feira, dia 2 de fevereiro, às 19h30, no Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte – CCBB BH. A entrada é gratuita mediante ingressos que serão disponibilizados exclusivamente na bilheteria física, no dia do evento, a partir das 18h30.

A linha tênue entre utilidade e inutilidade, seja de um mobiliário ou do próprio ser humano, são reflexões provocadas pelo artista em sua exposição “A Forma Não Cumpre a Função”, que está em cartaz também no CCBB BH. A mostra, que já passou por Brasília, traz esculturas, todas feitas em madeira, que desafiam as formas convencionais com curvas inusitadas. Móveis supostamente comuns ganham ares de surrealismo e surpreendem o público, como um dominó de cristaleiras em tamanho real. A exposição conta com seis obras e duas instalações, e ocupa as primeiras três galerias do térreo. As obras foram as maiores realizadas pelo artista até então e duas delas, assim como uma das instalações, são inéditas.

A palestra traça um pouco do processo de pesquisa do artista: explorar os limites da utilidade, invocando o surrealismo até chegar ao inútil, e observar como são essas mutações da utilidade. Um bate papo sobre a busca do lugar que a utilidade exerce dentro da sociedade, e na construção de um indivíduo.

Sobre o artista

Francisco Nuk carrega consigo uma bagagem artística vinda de outras gerações. Desde pequeno, foi introduzido naturalmente e estimulado a estudar as diferentes manifestações artísticas: do barroco, característico de sua região de origem, até o contemporâneo, expressão produzida pelos pais. Na adolescência, teve seus primeiros contatos com a marcenaria fina através de cursos do ofício. Passou o começo de sua fase adulta viajando e estudando o mesmo ofício, fazendo extensos estudos sobre o material e aprendendo técnicas aplicadas. De volta ao Brasil, trabalhou no atelier de seu pai, produzindo suas obras e estruturando seu próprio atelier. Durante esse período, foi incitado à criatividade crítica e estimulado à produção do seu trabalho, que se manifesta a partir da mescla da sua origem e de experiências vividas.

No trabalho de Francisco Nuk, a utilidade e a serventia dos mobiliários são desmanchadas no momento em que o artista quebra sua rigidez, fazendo do absurdo um conceito perseguido. Tudo em sua obra abre para pistas deturpadas. As cristaleiras distorcidas não mais equilibram os cristais, as gavetas flutuam leves sem o peso dos segredos arquivados, a cômoda circular, cautelosamente esculpida, confunde os guardados.

Na repetição, no jogo da imaginação e na constância do ofício, Francisco elabora suas esculturas com a intimidade de um poeta. As madeiras, enamoradas, se rendem, dançam e se livram do fardo de servir. Agora são arte. Nada mais.

Circuito Liberdade

O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

SERVIÇO

Palestra “Inútil, eu?”

Data: 02 de fevereiro

Local: Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (Praça da Liberdade, 450 – Funcionários).

Horário: 19h30

Ingressos gratuitos, retirados exclusivamente na bilheteria física do CCBB, no dia do evento, a partir das 18h30.

Mais informações: 31 3431 9400 – www.bb.com.br/cultura

E-mail: ccbbbh@bb.com.br

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