Mais respeito para os motoristas e segurança para os passageiros de BH

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Com a desculpa de conter gastos, há quase dois anos vários trocadores foram retirados de seus postos de trabalho nas linhas de ônibus da RMBH. Com isso, o serviço do motorista que já era conturbado, ficou ainda mais apertado, já que eles tem que dirigir e ao mesmo tempo fazer o serviço de recebimento da passagem. Dentre as preocupações de “Fernando Meira da ONG”, candidato a vereador em BH, está nessa situação, que para ele já deveria ter sido resolvida há muito tempo.

“Fico assustado de ver o tanto de trabalhadores que perderam seus empregos por causa dessa situação. Está na hora de fazer algo por eles e para os motoristas que estão cada vez mais atribulados. Eu apoio o retorno dos trocadores, pois a população não pode ficar correndo esse risco! Os motoristas precisam de ajuda urgente para evitar acidentes. Vale lembrar que no Carnaval do ano passado, um ônibus da Região do Barreiro sofreu um acidente, exatamente pela falta do trocador para ajudar o motorista”.

Segundo Fernando Meira da ONG, a população não pode passar mais por isso. Além disso, os trocadores precisam ter seus empregos de volta. “Eu me coloco à disposição para ajudar, já que vejo o risco que os passageiros passam por não terem um trocador para ajudar. Fora isso, vale lembrar que vários trocadores ficaram sem seus empregos por causa dessa situação. Um absurdo, pois falamos de pais de família que precisam do salário para sobreviver!”, concluiu.

Situação

Desde o ano de 2018, vários trocadores foram retirados de seus postos de trabalho sob a circunstância de que as empresas de ônibus da RMBH precisavam cortar gastos. Assim, a Prefeitura de BH impôs uma multa para as empresas que infringissem a Lei 10.526/2012, que determina que os veículos não devem transitar sem a presença do cobrador. Depois disso, cerca de 8.726 multas foram aplicadas pela PBH totalizando uma divida das empresas com a PBH de mais de R$ 5,8 milhões. Em 2019, o prefeito Alexandre Kalil deu um prazo para a volta de cobradores nos ônibus de Belo Horizonte, ou seja, solicitando que as empresas de ônibus contratassem até o final de setembro do mesmo ano, 500 cobradores, sem desvio de função e de maneira definitiva. No entanto, a determinação parece ter sido ignorada por algumas empresas, já que elas continuam operando sem os cobradores até hoje.