O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e Nacional (Iphan) entregou hoje (22) um caderno de recomendações técnicas que visam nortear as obras de restauração de um dos principais bens culturais de Brasília, a Igreja Nossa Senhora de Fátima, mais conhecida como Igrejinha, localizada na entrequadra 307/308 Sul.

O caderno contém análises estruturais internas e externas, obtidas em vistorias realizadas em agosto. Segundo o Iphan, a Igrejinha apresenta “sinais evidentes da passagem do tempo”, como fissuras, deteriorações, e aponta problemas no painel criado por Athos Bulcão, disposto na fachada do monumento. Há marcas de desgaste no painel interno, obra do artista Francisco Galeno, além de descascamento, marcas de umidade e arranhões. 

A ação faz parte da campanha Preservando Brasília, lançada pelo Iphan em março de 2020, na qual o instituto busca “conscientizar e sensibilizar os gestores para a manutenção preventiva de bens culturais acautelados pelo Governo Federal”.

Com a entrega do caderno de recomendações, o Iphan pretende ajudar os gestores a repararem tanto a estrutura arquitetônica como seu entorno, de forma a “possibilitar ao cidadão o maior usufruto do bem cultural”. Nesse sentido, foram sugeridas medidas como a troca das portas de entrada, reforma dos bancos genuflexórios (apropriado para orar de joelhos), pintura e reparos gerais.

Os gestores da Igrejinha desenvolveram um plano de ação que prevê a execução e a entrega dos serviços à comunidade até dezembro de 2022, o que inclui também reforma e adequação do sistema elétrico e revitalização das janelas.

Igrejinha

Projetada por Oscar Niemeyer, a Igrejinha foi construída e inaugurada em 1958, tornando-se o primeiro templo em alvenaria erguido na capital federal. Ela é considerada, segundo o Iphan, um “importante marco da arquitetura moderna e espaço icônico de Brasília”.

A Igrejinha está inserida no perímetro tombado do Conjunto Urbanístico de Brasília, inscrito no Livro do Tombo Histórico, em 14 de março de 1990. Foi tombada provisoriamente em 2007, e em definitivo em 2017, como parte do conjunto das obras de Oscar Niemeyer. Além disso, está inscrita no Livro do Tombo das Belas Artes.

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